Platão
de Atenas (429-347 a.C.)
“Sócrates:
- Observe agora, Glauco, disse eu, que não seremos injustos para com
os filósofos que se formarem entre nós, e lhes diremos coisas
justas ao obrigá-los a guardarem e cuidarem dos outros. Nós lhe
diremos com efeito: '‘nas outras cidades, é natural que aqueles
que se elevam até a filosofia não participem das vicissitudes da
política, já que eles se formam por eles mesmos, à margem de seu
governo respectivo; ora, quando se cresce por si mesmo, e sem dever
sua nutrição a ninguém, é justo que não se queira reembolsá-la
a quem quer que seja. Mas vocês, nós os formamos no interesse da
cidade tanto quanto em seu próprio interesse, a fim de que se tornem
o que os chefes e reis são nos enxames de abelhas; nós lhes demos
uma educação mais perfeita e mais completa do que a dos filósofos
estrangeiros, e nós os tornamos mais capazes do que eles para aliar
a filosofia e a política. Vocês devem então, cada qual por sua
vez, descer até a morada comum dos outros e habituar-se a enxergar
as sombras; uma vez habituados, enxergarão mil vezes melhor do que
os outros, conhecerão cada figura tal como está e tal como é, por
terem visto em verdade o justo, o belo e o bom a respeito dela. Assim
nossa constituição tornar-se-á uma realidade para nós e para
vocês, na cidade, e não um sonho, como em muitas cidades de hoje,
em que se luta contra sombras, uns contra os outros e se fomenta
dissensões para governar, como se fosse um grande bem. Mas eis qual
é a verdade: a cidade em que governarem os que menos quiserem o
comando e os que mais tardarem a tomá-lo, será necessariamente
melhor e mais pacificamente governada, e o contrário se dará
naquela em que os governantes forem o contrário.'”
(República,
VII, 520 a 6-d 6)
Aristóteles
(384-322 a.C.)
“Vemos
que toda cidade é uma espécie de comunidade, e que toda comunidade
é constituída em função de um certo bem – pois é para obter o
que aparece como um bem que todos os homens realizam sempre suas
ações: daí resulta claramente que se todas as comunidades visam um
determinado bem, a que é mais excelente de todas e que engloba todas
as outras, visa mais do que elas a um bem que é o mais excelente de
todos. Esta comunidade é a que chamamos de cidade (pólis),
é a comunidade política.” (Política, I, 1, 1253 a 1-6)
“A
cidade (pólis)
encontra-se entre a grande quantidade de realidades que existem
naturalmente, e o homem é por natureza um animal político. E aquele
que não tem cidade, naturalmente e não em razão de circunstâncias,
é ou um ser degradado ou superior aos homens.” (Política, I, 2,
1253 a)
“Viver
bem é o fim do Estado (…) isto é, viver felizes e virtuosos.”
(Política, III, 6, 1280) “Mas como o bem é o fim de todas as
ciências e as artes, e o máximo bem está sobretudo na suprema arte
entre todas que é o poder político, assim o bem político é o
justo.” (Política, III, 7, 1283, in Mondolfo, Rodolfo, O
Pensamento Antigo, São Paulo, Ed. Mestre Jou, 1965, p. 78.)
Platão
de Atenas (429-347 a.C.)
“Sócrates:
- Observe agora, Glauco, disse eu, que não seremos injustos para com
os filósofos que se formarem entre nós, e lhes diremos coisas
justas ao obrigá-los a guardarem e cuidarem dos outros. Nós lhe
diremos com efeito: '‘nas outras cidades, é natural que aqueles
que se elevam até a filosofia não participem das vicissitudes da
política, já que eles se formam por eles mesmos, à margem de seu
governo respectivo; ora, quando se cresce por si mesmo, e sem dever
sua nutrição a ninguém, é justo que não se queira reembolsá-la
a quem quer que seja. Mas vocês, nós os formamos no interesse da
cidade tanto quanto em seu próprio interesse, a fim de que se tornem
o que os chefes e reis são nos enxames de abelhas; nós lhes demos
uma educação mais perfeita e mais completa do que a dos filósofos
estrangeiros, e nós os tornamos mais capazes do que eles para aliar
a filosofia e a política. Vocês devem então, cada qual por sua
vez, descer até a morada comum dos outros e habituar-se a enxergar
as sombras; uma vez habituados, enxergarão mil vezes melhor do que
os outros, conhecerão cada figura tal como está e tal como é, por
terem visto em verdade o justo, o belo e o bom a respeito dela. Assim
nossa constituição tornar-se-á uma realidade para nós e para
vocês, na cidade, e não um sonho, como em muitas cidades de hoje,
em que se luta contra sombras, uns contra os outros e se fomenta
dissensões para governar, como se fosse um grande bem. Mas eis qual
é a verdade: a cidade em que governarem os que menos quiserem o
comando e os que mais tardarem a tomá-lo, será necessariamente
melhor e mais pacificamente governada, e o contrário se dará
naquela em que os governantes forem o contrário.'”
(República,
VII, 520 a 6-d 6)
Aristóteles
(384-322 a.C.)
“Vemos
que toda cidade é uma espécie de comunidade, e que toda comunidade
é constituída em função de um certo bem – pois é para obter o
que aparece como um bem que todos os homens realizam sempre suas
ações: daí resulta claramente que se todas as comunidades visam um
determinado bem, a que é mais excelente de todas e que engloba todas
as outras, visa mais do que elas a um bem que é o mais excelente de
todos. Esta comunidade é a que chamamos de cidade (pólis),
é a comunidade política.” (Política, I, 1, 1253 a 1-6)
“A
cidade (pólis)
encontra-se entre a grande quantidade de realidades que existem
naturalmente, e o homem é por natureza um animal político. E aquele
que não tem cidade, naturalmente e não em razão de circunstâncias,
é ou um ser degradado ou superior aos homens.” (Política, I, 2,
1253 a)
“Viver
bem é o fim do Estado (…) isto é, viver felizes e virtuosos.”
(Política, III, 6, 1280) “Mas como o bem é o fim de todas as
ciências e as artes, e o máximo bem está sobretudo na suprema arte
entre todas que é o poder político, assim o bem político é o
justo.” (Política, III, 7, 1283, in Mondolfo, Rodolfo, O
Pensamento Antigo, São Paulo, Ed. Mestre Jou, 1965, p. 78.)
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